A melissa officinalis, conhecida como erva-cidreira, é uma planta medicinal, vinda do Mediterrâneo e da Ásia e muito consumida por brasileiros. Já o pereskia zehntneri, chamado popularmente de quiabento, é uma planta muito comum no Nordeste do Brasil, principalmente na caatinga. O que essas duas espécies têm em comum? O fato de terem sido objeto de estudo de alunas do Colégio Estadual Antônio Figueiredo, de Ibiassucê (BA). Orientadas pela professora Fernanda Ilaria, as estudantes utilizaram o óleo da melissa para combater a patologia antracnose em banana prata e associou o extrato do fruto do quiabento ao retardo do amadurecimento da fruta.
Segundo Fernanda Ilaria, foram analisadas amostras com o óleo extraído da erva-cidreira, com o extrato do fruto do quiabento e outras sem os componentes. Os resultados mostraram que a banana, sem as substâncias, ficou com manchas escuras e houve início do processo de apodrecimento. Já a amostra testada com óleo de erva-cidreira, teve uma maturação mais saudável. “Podemos notar que o tempo de conservação com a aplicação do extrato fruto do quiabento e do extrato etanólico de erva-cidreira foram favoráveis quanto à manutenção da firmeza, assim como menor incidência de podridões”.
No Sudoeste da Bahia, onde é comum o consumo da banana prata, há muitos produtores do fruto. A proposta teve início quando as alunas perceberam que havia grande desperdício de bananas. “Já que é uma fruta perecível e tem, muitas vezes, o transporte e conservação inadequados, a banana apodrece muito rápido. Com isso, a ideia surgiu com o objetivo de retardar o processo de amadurecimento da fruta, ajudando assim os produtores e os consumidores”, diz Fernanda. (mais…)