Um tremor de terra acompanhado de um forte barulho foi sentido na manhã deste domingo, dia 30, por moradores de pelo menos 42 cidades da Bahia, entre elas: Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Varzedo, Muritiba, Cachoeira, Castro Alves, São Miguel das Matas, Laje, Cruz das Almas, São Felipe, Jaguaquara, Valença, Itatim e Conceição do Almeida.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do tremor foi no município de Mutuípe com magnitude 4.6. Em Amargosa foram sentidos 4 tremores, dois tremores mais fortes às 8h44 e 8h18 – de magnitude 4.2 e 3.7 respectivamente, e dois mais fracos. Em Mutuípe casas foram destelhadas. Em Amargosa árvores caíram e telhados de algumas casas foram danificados. E em São Miguel das Matas mercadorias caíram das prateleiras de um supermercado.
Às 18h50 desse domingo um outro tremor (de magnitude baixa) foi sentido na região, e na madrugada dessa segunda-feira, dia 31, às 3h48 um novo tremor (de magnitude maior) foi sentido em Varzedo, Amargosa e outras cidades.
Segundo o Instituto de Geociência da UFBA (IGEO) e a Sociedade Brasileira de Geologia, a profundidade do foco foi de 10 km. Por ser raso, o sismo ocasionou abalo com tremor notório em habitações, no entanto não atingiu magnitudes suficientes para ocasionar danos maiores. A região atingida pelo terremoto neste domingo constitui em uma área propensa à ocorrência de sismos, cujos terremotos acontecem desde o início do século passado.
Ainda segundo o órgão, as rochas da região possuem fraturas onde elas se movimentam umas em relação às outras. Como estas estruturas possuem grandes dimensões, mesmo sendo movimento de alguns centímetros, quando ocorrem, liberam energia. Essa energia é transformada em vibração e som que são sentidos pela população.
Em entrevista ao radialista Luis Santos, o geólogo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana, Carlos Cesar Uchôa, tranquilizou a todos informando que não há possibilidade de termos tremores com magnitude superior a 5.0 na escola que vai até 10, pois o Brasil está no centro de uma mesma placa tectônica. Ou seja, não há risco de desabamento causado por terremoto no Brasil, a não ser que o imóvel já esteva com a sua estrutura comprometida.
Fonte: Tribuna do Recôncavo