Novo auxílio sem contrapartida elevaria juros, segundo presidente do Banco Central

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Antes negada e atualmente debatida publicamente pelo Executivo e pelo Legislativo, a criação de um novo auxílio emergencial sem uma contrapartida fiscal deve levar a um aumento de juros. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Atualmente, a taxa Selic está em uma mínima histórica de 2%.

Ao participar de uma videoconferência direcionada a investidores internacionais, Campos Neto ressaltou que o aumento de gastos públicos, sem compensação, tem um impacto no prêmio de risco dos juros futuros e, também, na projeção futura de inflação. Para dar conta do passivo fiscal, o governo emite títulos públicos que geram, no seu comprador, uma expectativa de prêmio em pagamento de juros. Este contesto impacta nas variáveis consideradas pelo BC no combate à inflação.

“Sem nenhuma contrapartida, há um risco de adotar uma medida para estimular a economia e ter um efeito negativo”, disse o presidente do Banco Central. “Estamos em um ponto de inflexão no qual o que mercado está nos dizendo é que: se só gastarmos mais, a reação das variáveis à fragilidade na situação fiscal vai superar o benefício de colocar mais recursos na economia”.

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Projeto de autonomia do Banco Central deve ser votado pela Câmara

Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

A Câmara dos Deputados deve votar entre esta terça-feira, dia 09, e quarta-feira, dia 10, o projeto que prevê autonomia para o Banco Central. Ele já foi aprovado pelo Senado e, segundo o relator, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), o parecer já foi chancelado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Dentre as novas definições propostas, está o mandato de quatro anos para o presidente e os diretores do banco – que não ocorrerá ao mesmo tempo que a gestão do presidente da República. O presidente e os outros oito diretores do BC são indicados pelo chefe de Estado e passam por sabatina e votação no Senado.

Além disso, o texto prevê que a diretoria da instituição não pode ser demitida por subir a taxa Selic, valor básico de juros da economia. Atualmente, ela está em 2%, tendo por base uma meta de inflação de 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022. Há uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Redação: Metro1 | Informações: G1

Líder do governo defende ampliar Bolsa Família para substituir auxílio

Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defende junto a ministros que a melhor maneira de suprir a necessidade do auxílio emergencial seria ampliar as famílias que recebem o benefício do Bolsa Família.

O deputado ainda defende a criação de um “filtro” nas prefeituras para analisar os cadastros de beneficiários do programa. Barros defende que as prefeituras verifiquem se quem está recebendo o Bolsa Família e vai, eventualmente, receber o novo benefício “realmente precisa”.

Entre os novos critérios defendidos pelo deputado estão qualificação profissional e desempenho escolar, dentre outros pontos. As informações são da coluna de Andréia Sadi.

Metro1

Após Petrobras oficializar venda da Refinaria Landulpho Alves, petroleiros podem entrar em greve

Imagem Ilustrativa - Foto: Geraldo Falcão/ Agência Petrobras

Após a direção da Petrobras anunciar nessa segunda-feira, dia 08, o processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), os petroleiros anunciaram que devem entrar em greve. A compra foi feita pela Mubadala Capital, que apresentou a melhor oferta e vai levar a primeira refinaria do Sistema Petrobras e segunda do país em capacidade de processamento pelo valor de US$ 1,65 bilhão.

De acordo com a categoria, o anuncio foi recebido “com um misto de revolta e tristeza”. Em assembleia, eles já haviam decidido pela realização de uma greve, caso houvesse progresso nas negociações para a venda da Rlam. De acordo com a direção do Sindipetro Bahia, o movimento paredista está sendo organizado e pode acontecer a qualquer momento.

Junto com a Rlam estão sendo entregues 669 quilômetros de oleodutos, que ligam a refinaria ao Complexo Petroquímico de Camaçari e ao Terminal de Madre de Deus, que também está sendo vendido no pacote que inclui ainda outros três terminais da Bahia (Candeias, Jequié e Itabuna). (mais…)

Após aumento de preços, Bolsonaro reafirma que não tem influência sobre Petrobras

Foto: Washington Costa/ Ministério da Economia

O presidente da República disse nesta segunda-feira, dia 08, que vai se reunir novamente com a equipe econômica do governo para tomar uma decisão sobre a medida para baixar o valor do PIS/Confins. O anúncio acontece após o anúncio do reajuste de preços de combustíveis pela empresa petroquímica. O gestor voltou a afirmar que não tem influência sobre a Petrobras e que não quer ser ditador, pois existem uma série de leis a ser cumpridas.

“Não é novidade para ninguém: está previsto um novo reajuste de combustível para os próximos dias, está previsto. Vai ser uma chiadeira com razão? Vai. Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não”, disse Bolsonaro aos seus apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Ele explica que não pode interferir para não burlar as regras estabelecidas pela Constituição ao Presidente da República. “Daí o cara fala ‘você é presidente do quê?’ Vocês votaram em mim e tem um monte de lei aí. Ou cumpre a lei ou vou ser ditador. E para ser ditador vira uma bagunça o negócio e ninguém quer ser ditador, isso não passa pela cabeça da gente”, concluiu. (mais…)

Novo auxílio emergencial só viria com calamidade pública, diz Guedes

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Uma eventual nova rodada do auxílio emergencial deve estar dentro do orçamento e ser acionada apenas em caso de nova calamidade pública, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele reuniu-se na quinta-feira, dia 04, à noite com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Segundo o ministro, a extensão do auxílio seria mais “focalizada” e atenderia 32 milhões de brasileiros, pouco menos da metade dos 67,9 milhões de pessoas que receberam o benefício em 2020.

Para chegar à estimativa de 32 milhões de pessoas, Guedes explicou que uma nova versão do auxílio emergencial não abrangeria os inscritos no Bolsa Família e se concentraria apenas na população não atendida por nenhum programa social. O ministro ressaltou que a recriação do auxílio deverá ter previsões de recursos no orçamento, com o remanejamento de outras despesas e com a ativação do estado de calamidade.

“É possível. Nós temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal. Se o Congresso aciona o estado de calamidade, temos condição de reagir rapidamente. Mas é muito importante que seja dentro de um quadro de recuperação das finanças. Estamos preparados para fazer as coisas dentro das proporções”, declarou Guedes. (mais…)