Reforma Tributária: o que muda para empresas e pessoas

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Pouco mais de 300 dias depois da apresentação da primeira fase da Reforma Tributária, que propôs alterações no PIS e Cofins, o Poder Executivo deu sequência à proposta de mudanças no sistema tributário e apresentou, no final de junho, a segunda fase, que reformula o Imposto de Renda. Essa reformulação, segundo a grande maioria dos tributaristas, pode representar um ligeiro aumento na carga tributária.

“Essa segunda fase é bem preocupante para empresários e contribuintes com maior renda”, avalia Marco Aurélio Pitta, gerente de controladoria e contabilidade do Grupo Positivo e coordenador de programas de MBA nas áreas Tributária, Contabilidade e Controladoria da Universidade Positivo.

Entre as principais mudanças para as empresas, Pitta destaca:

  • O fim da dedução do Juros sobre Capital Próprio (JCP): segundo a Receita Federal, o fato de haver mais opções de crédito para empresas nos tempos atuais reduz a dependência de obtenção de recursos junto aos sócios.
  • A extinção do Lucro Real Anual: atualmente, as empresas nesse regime podem fazer antecipações mensais baseadas na Receita (se esta for menor que o lucro fiscal daquele período), deixando uma boa parcela para pagar somente no ano seguinte. Segundo a proposta, haverá somente a opção trimestral.
  • O fim do lucro presumido para alguns segmentos: administradora de bens e exploração de direitos patrimoniais de autor ou imagem serão obrigadas a adotar o lucro real.
  • Fim da dedução do “Goodwill” (rentabilidade futura): perde-se a possibilidade de dedução a partir de 2023, o que, segundo Pitta, pode gerar desestímulo de operações de fusões e aquisições (M&As).
  • A redução da alíquota de Imposto de Renda: a alíquota atual de 15% é reduzida em cinco pontos percentuais até 2023.

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Petrobras encerra venda de sua participação na BR Distribuidora

Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

A Petrobras informou nesta terça-feira, dia 06, o encerramento da operação em que vendeu sua participação acionária na Petrobras Distribuidora S.A. (BR Distribuidora). Segundo a estatal, a oferta de sua parte na subsidiária ao mercado financeiro rendeu um montante de R$ 11,358 bilhões e foi encerrada na última segunda-feira, dia 05. O anúncio de encerramento da oferta publicado pela estatal informa que foram vendidas 436,875 milhões de ações a 5.795 adquirentes. O preço de cada ação foi fixado em R$ 26.

Os maiores compradores das ações foram fundos de investimentos e investidores estrangeiros, segundo o detalhamento da operação. Um total de 576 fundos de investimentos adquiriu cerca de 251 milhões de ações da BR Distribuidora, o que corresponde a 57,6% do total ofertado pela Petrobras. Já os 146 investidores estrangeiros compraram 149 milhões de ações, fatia que corresponde a 34,1% do total. A terceira maior fatia foi comprada por 4.859 pessoas físicas, que adquiriram 26,4 milhões de ações (6%).

A Petrobras justifica a venda de sua participação na BR Distribuidora como uma operação que “visa à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital”. A estatal disse que a oferta dessas ações ao mercado financeiro “está alinhada ao seu posicionamento estratégico de sair dos negócios de distribuição e focar seus investimentos em refino de classe mundial e em ativos de produção e exploração em águas profundas e ultraprofundas, onde a companhia tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos”.

Agência Brasil

Editoras brasileiras faturaram 36% com conteúdos digitais em 2020

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O faturamento das editoras brasileiras com conteúdo digital cresceu 36% no ano passado, em termos reais, isto é, descontada a inflação, somando R$ 147 milhões. O crescimento nominal da receita foi de 43%. Em 2019, o faturamento atingiu R$ 103 milhões.

As informações constam da Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, divulgada nesta quinta-feira, dia 01, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). A sondagem teve dados apurados pela Nielsen Book. O impulso observado no setor de livros digitais foi atribuído pelo presidente do SNEL, Marcos Pereira, à pandemia do novo coronavírus.

“Teve essa circunstância de o mundo ficar muito online durante a pandemia e teve uma migração muito forte para esse formato”, analisou. “É a primeira vez que a gente tem a oportunidade de mostrar dados comparáveis, que é uma coisa muito boa. Foi um ganho enorme. A partir de agora, a gente incorpora o conteúdo digital nas análises anuais”, assegurou Pereira.

Agência Brasil

Por R$ 11,3 bilhões, Petrobras confirma saída da BR Distribuidora

Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

A Petrobras divulgou, em comunicado ao mercado, a confirmação da venda da participação de 37,5% que a estatal ainda mantinha na BR Distribuidora. Investidores ofertaram R$ 26 por ação, o que resulta em uma transação global de R$ 11,3 bilhões. O Conselho de Administração aprovou essa precificação.

Antiga subsidiária, a BR começou a ser negociada em 2017. Em 2019, a Petrobras abriu mão do controle acionário. As duas vendas, correspondentes a 62,5% das ações, movimentaram R$ 13,6 bilhões. A transação com as ações restantes será concluída nesta sexta-feira, dia 2, na B3.

Segundo a companhia, a saída da B3 por completo “visa à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da Petrobras e está alinhada ao seu posicionamento estratégico de sair dos negócios de distribuição e focar seus investimentos em refino de classe mundial e em ativos de produção e exploração em águas profundas e ultra profundas (pré-sal)”.

Bahia.Ba

ARTIGO – 5 dicas para planejar o fluxo de caixa com antecipação de recebíveis

Imagem de Steve Buissinne do Pixabay

Por Cláudio Dias – formado em Matemática e Gestão Empresarial

No momento atual é imprescindível manter em alta a atenção e a vigilância constante junto ao seu fluxo de caixa. Principalmente, no cenário incerto e de crise econômica que estamos atravessando. A área financeira recebe solicitações diversas, de análise de cenários e projeções, sem esquecer dos pedidos de novas despesas para aprovação, afinal o negócio não para. Projetando o futuro, a primeira expressão que vem à mente é “como está o nosso fluxo de caixa?”.

O fluxo de caixa determina a autonomia de um negócio e conduz o seu caminho.

Aí entram as ferramentas de gestão, que oferecem informações de operações financeiras como antecipações de recebíveis, que são normalmente usadas para cobrir necessidades pontuais de caixa. Independente do volume, uma operação não pode navegar sem direção ou sem referência, por isso investir em ferramentas de gestão e análise de fluxo de caixa podem ser diferenciais na inteligência estratégica do seu empreendimento, que assim como a administração de uma empresa, protege e cuida da saúde do negócio.

Destacamos as cinco principais vantagens quando o assunto é antecipação de recebíveis para o financeiro da sua empresa. Confira: (mais…)

Aneel leiloa 515 km de linhas de transmissão de energia

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leiloou nesta quarta-feira, dia 30, 515 km de linhas de transmissão de energia em um pregão composto por cinco lotes, em seis estados, totalizando 2.600 megavolt-amperes (MVA) em subestações. Venciam as empresas que apresentavam a menor Receita Anual Permitida (RAP) em relação ao teto estabelecido pela agência.

A RAP é a receita a que o empreendedor terá direito pela prestação do serviço de transmissão a partir da entrada em operação comercial das instalações. Segundo a Aneel, os empreendimentos propiciarão investimentos de R$ 1,3 bilhão, com prazo de conclusão de 36 a 60 meses nos estados do Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Estima-se a criação de mais de três mil empregos diretos.

“O leilão foi um marco importante dentro do conjunto previsto de obras de transmissão nos próximos dez anos, com R$ 90 bilhões em investimentos. Este foi o terceiro leilão em dois anos e meio, com R$ 13,5 bilhões em investimentos e mais de 25 mil empregos gerados. É muito importante dentro do atual cenário hídrico. A expansão das linhas de transmissão é fundamental para dar mais segurança ao sistema e dar mais flexibilidade ao operador”, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Agência Brasil