As doenças inflamatórias intestinais (DII) têm impactado uma parcela da população brasileira. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), são estimados cerca de 100 casos para cada 100 mil habitantes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos oito anos, a ocorrência dessas patologias no país aumentou 233%. Diante desse cenário, os estudantes Jackelline Santos, Jhonata Santos e Ryan Saymon, do Colégio Estadual Duque de Caxias, em Barreiras, sob a orientação de Laíse de Jesus, desenvolveram uma goma comestível à base de extratos de ipê-roxo, maracujá e umburana de cheiro, com o objetivo de auxiliar no tratamento de inflamações intestinais.
A ideia de produzir a goma comestível nasceu com o intuito de criar um projeto para a feira de ciências da escola, utilizando plantas presentes nos biomas da Bahia. ‘A escolha de plantas nativas como o Ipê Roxo, Maracujá e Amburana não apenas aproveita seus benefícios terapêuticos, mas também promove práticas de cultivo sustentável e conservação da biodiversidade. Isso é crucial em um momento em que a preservação do meio ambiente é uma preocupação global crescente’, afirma Jackelline.
Para Jhonata, a goma representa uma nova abordagem para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas. ‘Os componentes possuem propriedades medicinais, como ação anti-inflamatória e antioxidante. Um dos maiores benefícios é a praticidade de ter uma goma comestível funcional em casa, sabendo exatamente quais ingredientes estão presentes em um medicamento 100% natural. Além disso, o produto pode abrir caminho para o desenvolvimento de soluções farmacêuticas baseadas em plantas, que são não apenas mais acessíveis, mas também mais sustentáveis’, explica. (mais…)