Para dar continuidade às atividades do projeto Amigo da Leitura, que presenteou 58 escolas da rede pública da Bahia com kits de livros, serão realizadas, durante o mês de outubro, atividades de contação de histórias em quatro escolas beneficiadas pelo projeto. A iniciativa busca contribuir com a democratização do acesso à literatura através de obras infantis, juvenis e adultas.

Alunos de escolas municipais das cidades de Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães, Jaborandi e São Desidério, participarão das atividades, que acontecem entre os dias 11 e 31 de outubro. Em Barreiras, a contação de história terá a presença de um intérprete de Libras.

Reunindo obras variadas, o projeto Amigo da Leitura procura dar oportunidade aos leitores de absorverem novas culturas e conhecimentos, pois os kits priorizam temáticas relacionadas à cultura negra, aos povos indígenas e obras de autores(as) negros. Entre as publicações que fazem parte do projeto, encontram-se: Gente de Cor, Cor de Gente, do autor Maurício Negro, Awyató-pót: Histórias indígenas para crianças, de Tiago Hakiy, Guayarê: O menino da aldeia do rio, de Yaguarê Yamã, e Olhos D’Água, escrito por Conceição Evaristo.

O projeto conta com a realização da CentraLink, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem patrocínio da SLC Agrícola.

Texto: Melissa Maschka.

Uma médica obteve na justiça o direito à licença-maternidade pelo nascimento de sua filha. Ela é lésbica e vive em união estável com sua esposa, que é enfermeira. Ambas trabalham em uma maternidade em Salvador.

O casal optou pela técnica de reprodução assistida, na qual um embrião foi implantado no útero da esposa, que gestou a criança. A médica, também mãe do bebê, iniciou um tratamento para produzir leite materno. Esse tratamento foi realizado durante meses e possibilitaria à médica também amamentar a criança.

A empresa havia negado à médica o direito à licença-maternidade, alegando que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê o direito à licença-maternidade apenas para a mãe gestante, ou para quem adotar ou tiver a guarda judicial de uma criança. A empresa também afirmou que, no caso de adoção conjunta, apenas uma das mães teria direito à licença.

A 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) manteve a decisão da 37ª Vara do Trabalho de Salvador, concedendo o benefício à mãe. A empresa recorreu da decisão. No entanto, a relatora do recurso, desembargadora Ana Paola Diniz, considerou inaceitável uma interpretação limitada dos direitos de casais homoafetivos. (mais…)