A pirataria de sementes de soja no Brasil gera perdas de cerca de R$ 10 bilhões ao ano para agricultores, indústria de sementes, setor de processamento de grãos e exportações. É o que aponta estudo inédito divulgado nessa quarta-feira (2) pela CropLife Brasil (CLB), em parceria com a Céleres consultoria. A estimativa é de que as sementes piratas ocupem 11% da área plantada da cultura no Brasil, o equivalente ao total do plantio em Mato Grosso do Sul.

A pesquisa conclui que as sementes piratas podem reduzir a qualidade do cultivo e dos grãos. O resultado é uma maior incidência de pragas, plantas daninhas e doenças nas lavouras, com um potencial vetor para a propagação de espécies invasoras, nocivas para o meio ambiente e proibidas por lei.

Além do impacto econômico para os produtores, a prática ilegal promove prejuízos para governo e sociedade. O estudo estima que cerca de R$ 1 bilhão pode deixar de ser arrecadado em impostos nos próximos 10 anos com a pirataria de sementes.

Edição: Tribuna do Recôncavo | Texto: Roberto D’Agustini.