O Partido dos Trabalhadores da Bahia reuniu neste sábado, dia 9, e domingo, 10, em Feira de Santana, indígenas de cerca de 20 povos de todas regiões da Bahia, membros do Setorial Indígena, como o coordenador Agnaldo Pataxó, da Executiva do estadual – o presidente Éden Valadares, o vice-presidente, Glauco Chalegre, e a secretária de Movimentos Populares, Rafaella Rios – e do Diretório Municipal de Feira para fortalecer e estimular as candidaturas indígenas nas eleições municipais de 2024 e gerais de 2026.
Após ouvir as lideranças que participaram das discussões, o partido recebeu propostas, entregues por meio de uma carta ao presidente estadual, para garantir a ampliação do financiamento e das cotas nas campanhas, apoio jurídico, de comunicação e mais protagonismo do Setorial. “Essas propostas foram produzidas após muito diálogo e entendimento entre os membros do partido e os petistas indígenas. São reivindicações que vão promover uma maior inclusão dos nossos povos e das nossas pautas nos espaços de poder”, disse o coordenador do Setorial Indígena, Agnaldo Pataxó.
Presidente do PT Bahia, Éden Valadares afirmou que o Encontro inaugura um novo momento na política do estado. “A chegada de novas lideranças indígenas aos espaços de poder é um pacto e uma meta assumidos coletivamente hoje por dirigentes do PT Bahia e dos povos indígenas. Tento ter uma relação mais estreita com o Setorial Indígena há tempos, com a política indígena em geral por entender o tamanho da dívida histórica que o Brasil tem com os povos indígenas. É algo impagável, que você tem que está sempre pagando, eternamente pagando. E por isso e por hoje, por essa longa tradição nossa de discussão e aprendizado, tenho certeza de que nós da direção podemos ensinar muita coisa a vocês sobre eleição, sobre comunicação, sobre rede social, mas o desafio nosso é o que o PT tem a aprender com a cultura e com a tradição dos povos indígenas da Bahia”, disse o dirigente ao final do Encontro.
Para a secretária de Movimentos Populares do PT Bahia, Rafaella Rios, os dois dias de programação foram muito importantes pelo exercício de escuta da direção do PT. “Foi importante entendermos a conjuntura dos indígenas petistas nos municípios, porque cada diretório municipal, cada município tem uma conjuntura e os povos indígenas são muito diversos. Não é porque no Sul da Bahia eles sentem o partido de uma forma que no Norte eles vão sentir do mesmo jeito. Então é importante para a gente atualizar como estão essas questões na conjuntura”, afirmou.
Também participaram do Encontro o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, a superintendente de Políticas para Povos Indígenas da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Patrícia Pataxó, Cacique Flávio, da Secretaria de Saúde Indígena do Governo Federal, a deputada estadual Fátima Nunes, e o ex-deputado Marcelino Galo, dentre outros.