A aprovação da reforma tributária inaugurou um novo ciclo no ambiente empresarial brasileiro e deve provocar um movimento de reorganização interna nas empresas. A avaliação é de Alexandre de Salles, administrador de empresas, consultor estratégico, ex-CFO e fundador da (AS) Consultoria. Segundo ele, a mudança fiscal não se limita a uma revisão de impostos, mas representa um teste de maturidade para processos, cultura e governança.
Salles afirma que a reforma funciona como ‘um espelho colocado diante das empresas’, tornando visíveis fragilidades que antes estavam escondidas na complexidade do sistema atual. ‘O impacto da reforma não está apenas na alíquota. Está na capacidade — ou incapacidade — das empresas de operar com clareza, integração e velocidade em um cenário em transformação. A crise não nasce da lei, nasce da falta de preparo’, explica.
Durante a fase de transição, que se estenderá por vários anos, as empresas terão de conviver com regras antigas e novas simultaneamente. Para o especialista, isso deve gerar um período de forte pressão operacional. ‘É como atravessar uma ponte ainda em construção. As estruturas mudam enquanto você caminha. Normas são ajustadas, sistemas precisam ser redesenhados e processos precisam se conectar. Quem tem maturidade, passa. Quem não tem, entra em crise’, afirma.
Mudança de mentalidade
A reforma também deve acelerar mudanças internas. O departamento fiscal deixa de atuar isoladamente e passa a ser estratégico. TI assume protagonismo. Controladoria e jurídico tornam-se guardiões da integridade dos dados e da mitigação de riscos. ‘A reforma força integração, governança e transparência. Ela não é apenas uma mudança técnica — é uma mudança de mentalidade’, diz.
No campo financeiro, os efeitos serão diretos sobre fluxo de caixa, capital de giro e planejamento. Salles destaca que a adequação não deve ser vista como custo, mas como investimento essencial. ‘Atualizar sistemas, treinar equipes e revisar processos é CAPEX de continuidade. O maior risco está na inação. Quem esperar para depois já estará atrasado’, alerta.
Apesar dos desafios, Salles vê a reforma como uma oportunidade de fortalecimento empresarial. ‘É um momento raro, em que o ambiente externo obriga as organizações a olharem para dentro. A reforma permite redesenhar processos, acelerar digitalização, fortalecer governança e maturar cultura. É uma chance de construir competitividade real’, afirma.
Para o consultor, a mudança fiscal será determinante para o futuro de muitas organizações. ‘A reforma não determina quem sobrevive — ela revela. Mostra quem tem capacidade de evoluir, aprender e sustentar relevância. No fim, perenidade não é sorte: é projeto’, conclui.
Por Alexandre de Salles.


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