O Butantan anunciou nesta quarta-feira, dia 28, o início da produção de 18 milhões de doses da Butanvac, imunizante totalmente produzido no país e desenvolvido pelo instituto paulista com parceiras. O produto ainda não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aplicação no país. “No ritmo que o Butantan tem trabalhado, se houver velocidade na aprovação da Anvisa, ainda neste ano o Butantan poderá produzir até 150 milhões de doses da Butanvac”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria. A meta, segundo o gestor é elevar a capacidade para 40 milhões de vacinas e depois 100 milhões de unidades.
Segundo o governo paulista, a tecnologia para obtenção do Ingrediente Farmacêutico Ativo da Butanvac já foi dominada pelo Butantan e está disponível na fábrica de vacinas contra a gripe do instituto. A técnica usa o cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos. A Butanvac utiliza o vírus da Doença de Newcastle geneticamente modificado, desenvolvido por cientistas norte-americanos na Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova Iorque (EUA). O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus.
Responsável pelo fornecimento da CoronaVac, desenvolvida pelos chineses da SinoVac, o Butantan informou que a entrega do próximo lote de 600 mil doses deste imunizante foi antecipada do dia 3 de maio para esta sexta-feira, dia 30. Com esta remessa, o total entregue para o Programa Nacional de Imunização (PNI) sobe para 42 milhões de doses das 46 milhões do primeiro contrato. Outras 54 milhões serão enviadas até o segundo semestre.
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