Para o delegado Rafael Magalhães, que comanda a apuração da morte de Leandro Troesch, o inquérito, já entregue ao Ministério Público do estado (MP-BA), segue na mesma linha: indicativo de homicídio. Em entrevista, nesta quarta-feira, dia 27, Magalhães declarou que desconhece o laudo cadavérico atribuído ao médico legista que participou da necropsia do corpo do proprietário da Pousada Paraíso Perdido.
Neste laudo haveria a indicação de que Léo Troesch teria tirado a própria vida. O delegado contestou a hipótese, baseado no laudo pericial, que é mais abrangente que o cadavérico que se reporta apenas ao corpo, enquanto o pericial leva em consideração também provas coletadas na cena do crime. Umas das provas relatadas pelo delegado é que Shirley da Silva Figueiredo, indiciada por homicídio, teria lavados as mãos, o que apontou prova negativa na perícia.
“Não houve mudança nenhuma. Eu sou o presidente do inquérito, esse inquérito foi concluído e encaminhado para Justiça com indicativo de homicídio. Eu estou baseado no laudo pericial que diz que o caso é distinto de suicídio. Se é distinto de suicídio é homicídio. O laudo de pólvora combusta deu negativo na mão dele e na mão dela, mas eu tenho depoimentos que [apontam] ela lavou as mãos e tomou banho logo depois. Agora, se um médico vem de lá pra cá dizer, que ele não poderia dizer isso, dizer que foi suicídio. Ele não pode ter a certeza. Se ele está dizendo isso, ele tem de vir a público e dizer o porquê”, relatou. (mais…)