Surgido no Recôncavo Baiano e com atuação internacional, o Movimento NOVOCINEMANOVO celebra doze anos de irreverência e rebeldia.
Era primeiro de agosto de 2008 e o Encontro Nacional da ANPUH – Associação Nacional de Professores Universitários de História – estava a todo vapor no campus da UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – em Vitória da Conquista. Representando a Oficina Cinema-História da UFBA, o artista e historiador soteropolitano Gabriel Lopes Pontes aproveitou o ensejo para promover, no Cine-Teatro Glauber Rocha, uma sessão especial do documentário “Incarcânu A Tiortina”, a título de atividade cultural paralela. Era a primeira vez que o curta, filmado em Conceição do Almeida por Lopes Pontes e pelo cineasta santantoniense Tau Tourinho, com a colaboração próxima do fotográfo, cinegrafista e editor mineiro Lucas Virgolino, ia a público. O evento marca a eclosão do Movimento NOVOCINEMANOVO pela Renovação do Documentário Nacional. De lá pra cá, Lucas Virgolino tornou-se membro efetivo e o trio não parou mais.
“Incarcânu a Tiortina” enfoca, numa narrativa completamente desconexa e sem emitir qualquer critério de julgamento, o modo de vida libertário e irreverente de Túli & Lubisôni, dois folclóricos e carismáticos cachaceiros. Logo depois da avant première em Vitória da Conquista, teve lançamento oficial em noite de gala na Sala Walter da Silveira e foi o único filme baiano na Mostra Competitiva 16mm do 41º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em seguida, foi filme-destaque do Festival CAMERAMUNDO de Filmes Independentes de Rotterdam / Holanda, o que o gabaritou a ser um dos quatro representantes do Brasil no Festival do Cinema Latino-Americano da também holandesa cidade de Utrecht, antes de partir para representar o cinema brasileiro durante as celebrações pelo Sete de Setembro promovidas por nossa embaixada em Estocolmo / Suécia, marcar presença em diversos outros festivais pelo Brasil afora e vender DVDs até que fosse pirateado. (mais…)