Após passar muito mal com falta de ar e pressão arterial alta, o motorista Antônio Carlos Barbosa dos Santos ficou sabendo que precisaria de hemodiálise para continuar vivendo. Depois de três meses internado, 15 dias em coma, o paciente deu início às sessões três vezes por semana e segue na esperança de receber um novo rim por meio de transplante, mas garante que se isso não for possível, está preparado para seguir em frente, com gratidão no coração. Além de insuficiência renal, o baiano tem hipertensão arterial, doenças cardíacas, triglicerídeos e colesterol altos. A hemodiálise é um tipo de diálise indicado para pacientes com insuficiência renal e cujos rins não conseguem filtrar e remover eficientemente os resíduos metabólicos e o excesso de fluidos do corpo.
“Tive que mudar radicalmente a minha alimentação e rotina, mas o importante é que me sinto forte e tenho uma boa qualidade de vida. Sou muito grato a Deus e aos profissionais anjos que me assistem no INERE (Instituto de Nefrologia do Recôncavo), em Santo Amaro”, relatou Antônio Carlos. Às pessoas que também dependem da hemodiálise, o motorista recomenda que “tenham força, disciplina, fé, esperança e aceitem as novas condições de vida com gratidão, pois a vida é um presente”, completou.
No Brasil, mais de 150 mil pessoas fazem diálise. Cerca de 17 mil vivem na Bahia, onde mais de 8.300 pacientes recebem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2020, pacientes renais que vivem em Santo Amaro, Candeias, São Sebastião do Passé, São Francisco do Conde, Saubara e Madre de Deus precisavam se deslocar até Salvador para fazer hemodiálise, mas desde a chegada do INERE ao município baiano de Santo Amaro, essa realidade mudou. Atualmente, quase 150 pacientes que vivem nesses municípios são atendidos no INERE pelo SUS. (mais…)