A família do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) já estava sendo monitorada desde janeiro por integrantes do PCC suspeitos de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo. O senador afirmou que era um dos alvos do grupo criminoso.
Um dos alvos do grupo que planejava matar e sequestrar autoridades era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga a facção que atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente, desde o começo dos anos 2000. Ele vive há mais de dez anos sob escolta policial 24 horas por dia por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe. Gakiya teria alertado, por telefone, o procurador de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, que estava em viagem ao Tocantins. Sarrubo, então, alertou Moro e a cúpula da Polícia Federal.
Sarrubo e Gakiya foram até Brasília em janeiro e se reuniram com Moro e a mulher dele, Rosângela Moro, eleita deputada federal. Todas as informações reunidas foram repassadas para a direção geral da PF, que designou um delegado para abrir uma investigação. Sergio Moro e a esposa passaram a ter reforço na segurança pessoal. Chefes das polícias legislativas também foram comunicados sobre a investigação.